segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Gestão de carreiras - Parte VI


Caros amigos

Agora, vamos nos posicionar como fornecedores de produtos e/ou serviços. Questões qualitativas e quantitativas precisam ser respondidas nessa fase do planejamento. A correta identificação do mercado consumidor, nos dá indícios sobre: quem serão meus clientes, qual sua concentração e localização, sensibilidade a preço, contribuição para o faturamento, esses são alguns dos aspectos que precisam ser corretamente identificados.

O ambiente que define o poder de barganha dos clientes é composto não somente por variáveis envolvidas no relacionamento entre você e seus clientes, mas, também de variáveis externas como a concorrência onde age a lei de OFERTA X DEMANDA, o nível de dependência dos seus serviços e/ou produtos, o porte dos seus clientes entre outras.

Diante disso, percebe-se que o mercado consumidor pode ditar as regras e que o posicionamento profissional nem sempre é o que desejamos. O que ajuda o profissional a minimizar esse aspecto é o aumento da empregabilidade, o que significa, estar sempre apto e possuir a capacidade de evoluir de acordo com o mercado. Profissionais com essas características, são sempre mais valorizados e requisitados.

Vamos fazer uma breve análise e escolher entre duas profissões bem distintas, supondo que você possui habilidade para desempenhar qualquer uma das duas.

  1. Violinista
    Salário médio: R$: 5.000,00
  2. Técnico em manutenção de computadores
    Salário médio: R$: 1.500,00 (nível médio) até R$: 2.500,00 (nível superior)
    Obs.: Os valores citados acima não mantém o mesmo padrão para todas as regiões do país.

Levando em consideração os dados citados anteriormente, qual seria uma melhor carreira a ser seguida?

Obviamente o fator remuneração é um bom critério de avaliação, porém, a muito tempo deixou de ser decisivo, existindo todo um contexto que influi diretamente no processo decisório, vamos utilizar alguns parâmetros para nortear a nossa análise e decidir entre ser um violinista ou um técnico de manutenção de computadores.

  • Quem irá consumir meus produtos e/ou serviços?

É extremante importante que essa pergunta seja respondida corretamente. O que implica em uma ampla análise do mercado consumidor. Onde no mínimo precisam ser respondidas as seguintes questões: Quem são meus clientes? Onde estão? Quantos são?

Desenvolva um cenário comparativo sobre o mercado para o violinista e para o técnico em manutenção. Utilize um nível de análise básico e responda as questões acima.

  • Concorrência

Um outro fator que não deve ser esquecido é qual o nível de concorrência eu terei na minha carreira, por exemplo: Quantos novos violinistas são inseridos no mercado anualmente? Quantos técnicos em manutenção são inseridos? Uma análise superficial já deciria pela primeira carreira, onde se tem maiores salários e menor concorrência, mercado ideal. Porém, outros fatores podem desequilibrar essa equação e uma pergunta nunca pode ser respondida fora do contexto geral.

  • Concentração de clientes.
Esse tópico envolve as questões sobre localização e quantidade de clientes. Se você identificou uma baixa concentração de clientes e um alto nível de concorrência, o mercado fará com que você tenha um menor poder de negociação. Ainda, considerando que níveis muito baixos de potenciais consumidores podem inviabilizar sua carreira.
A análise que foi proposta é bem básica, existem técnicas apuradas para avaliação de mercados consumidores, e lembre-se, mercado total não é mercado potencial e mercado potencial não é a massa de clientes que você irá atingir.
Um abraço e até o próximo post.

domingo, 23 de novembro de 2008

Gestão de Carreiras - Parte V

Caros amigos

As relações de fornecimento e aquisição durante a construção de uma carreira são inevitáveis e independem do tipo de profissional que você é ou deseja ser. Sempre estaremos consumindo: produtos, serviços, oportunidades, resultado de atividades ou processos, conhecimentos, logo, devemos ampliar o conceito do que vem a ser fornecedores e de como eles podem influenciar no nosso desempenho profissional.
O poder de barganha, decorre de um desequilíbrio entre as forças envolvidas na negociação, da capacidade de uma das partes de impor condições para a realização do negócio ou acordo. Fatores como: exclusividade no fornecimento, poder econômico, baixo nível de dependência do fornecedor em relação ao consumidor, detenção de patentes de produtos, contribuem para gerar esses desequilíbrio de condições.

Diante disso, a grande questão a ser analisada é a relação entre o poder de barganha dos meus fornecedores e o nível de dependência que tenho. Então, vamos analisar alguns fatores importantes, abordando de maneira a abrager profissionais que dependem de produtos e/ou serviços.
  • Impacto dos insumos (matéria-prima, produtos acabados e serviços)
Sua atividade depende fortemente de insumos?

Se sua resposta foi sim, sua carreira depende da estabilidade do seu mercado fornecedor, uma posição um tanto perigosa diante das incertezas. Diante disso, é necessário uma avaliação bastante criteriosa dos riscos dessa dependência.

O custo dos insumos formam a maior parte do preço do seu produto/serviço?

Aqui a preocupação é: O quanto um aumento de insumos impactam os meus preços? Mercados onde não há monopólio tendem a ser cada vez mais competitivos, um outro fenômeno a ser considerado é a mudança de perfil dos consumidores, cada vez mais informados e exigentes. Alterações de preços para os consumidores irão diminuir a sua competitividade ou sua margem de lucro, situação indesejada por todos.

Há algum insumo capaz de parar a execução da sua atividade?

Se a resposta foi afirmativa, você está em situação de alto risco e precisa avaliar é a existência de produtos substitutos ou de fornecedores substitutos. Uma estratégia de gerenciamento de riscos nesse caso é necessária.
  • Política de mercado

Seus fornecedores brigam pelo mercado ou se protegem? Havendo concorrência, é comum encontrar práticas comerciais que beneficiam os consumidores, como: aumento de prazo de pagamento, diminuição de preços e serviços agregados o que constitue vantagens adicionais, esse tipo de mercado é bem positivo para o desenvolvimento da atividade e sobretudo para o aumento dos lucros, já que, uma boa compra precede uma boa venda.
Se o mercado está cartelizado e são os fornecedores quem ditam as regras, a situação se inverte e vulnerabiliza sua atividade. A busca de novas opções de fornecimento deve ser empreendida. O aumento da lucratividade fica condicionada ao incremento nas vendas, porque fica mais difícil conseguir o aumento da lucratividade pela redução de custos, em consequência do maior poder de barganha dos fornecedores.

  • Variedade de fornecedores

De certa maneira, esse tópico já foi discutido dentro dos anteriores. Mas, vale lembrar que quanto maior o número de fornecedores, menor será sua dependência e maior o seu poder de barganha.

  • Nível de dependência

Chegamos ao ponto principal, agora você já deve imaginar o seu nível de dependência. Anote seus pontos fracos e fortes, precisaremos deles mais adiante.

um grande abraço e até o próximo post

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Gestão de Carreiras - Parte IV

Caros amigos,

Hoje, iremos considerar alguns pontos que nos ajudarão a melhor entender o ambiente concorrencial em que estamos inseridos. Obviamente, não tenho a pretensão de definir a melhor forma de análise, porque cada mercado tem suas peculiaridades e o que é adequado para um pode não servir para outro. Mas, alguns pontos são importantes de serem analisados. Vamos a algumas perguntas que irão nortear a nossa análise.


  1. Qual o número de novos profissionais ingressantes no mercado?

    Não deve ser difícil entender porque isso é importante. Apesar de ocorrer uma seleção natural feita pela indústria esse número pode significar oportunidade ou ameaça. Tomando como exemplo a quase que total absorção de engenheiros nas suas áreas de atuação, claramente fica demonstrado que a indústria cresce a uma taxa maior que a capacidade de atendimento da mão-de-obra disponível no mercado. Em indústrias mais maduras ou em desaquecimento ocorre um fenômeno inverso, a taxa de novos profissionais é maior do que a necessidade da indústria.
    Algumas relações decorrentes dessas conjunturas podem ser explicadas através da lei de oferta e demanda, se você nunca ouviu falar dessa lei não se preocupe, é bastante simples de entendê-la. Indústrias onde sobram profissionais e faltam oportunidades, caracterizam um ambiente de competição acirrado, normalmente com baixos salários e maior índice de substituição de profissionais, esse cenário de instabilidade obriga o profissional a viver em constante especialização em busca de adquirir ou manter seus diferenciais competitivos.

    Indústrias onde a taxa de empregos é maior que a quantidade de profissionais a encontrados no mercado, tendem a se comportar de maneira inversa ao citado anteriormente.

    Obs.: A indústria citada acima é o setor da economia.

  2. Existe reserva de mercado ou profissionais de outras áreas podem concorrer comigo?

    Algumas profissões, devido a sua regulamentação não podem ser exercidas por profissionais de outras áreas. Podemos tomar como exemplos: médicos, odontólogos e contabilistas. As profissões derivadas das ciências sociais aplicadas, devido ao seu contexto mais geral possibilitam uma abertura de mercado para profissionais de outras áreas, é comum encontrar em cargos administrativos profissionais como: economistas, profissionais de TI, engenheiros entre outros.
    Quanto menor as barreiras de entrada por parte desses profissionais, mais difícil é de se colocar ou se manter em posições de destaque no mercado, isso ocorre devido à concorrência.

  3. O mercado está em expansão ou em retração?
  4. Essa pergunta dá margem a várias interpretações, porém, a análise nua e crua da indústria baseada apenas no número de postos de trabalho, proporciona uma visão míope sobre o contexto onde estamos inseridos. A observação mais atenta sobre a cadeia de valor, pode nos mostrar oportunidades de atuação em outros segmentos, o conhecimento das principais indústrias e de empresas satélites, descortina oportunidades e amplia a possibilidade de sucesso na construção da sua carreira.
    O conceito de expansão ou retração, pode depender diretamente da sua capacidade de entender a cadeia de valor da indústria, o que para alguns profissionais parece ser um setor maduro e com poucas possibilidades, pode guardar grandes surpresas e possibilidades que podem ser identificadas através de uma análise menos tradicional. Empresas menores podem proporcionar um ambiente de trabalho mais flexível, com maior potencial de crescimento, menor nível de exigência inicial o que pode ser extremamente importante para um profissional em início de carreira.

  5. Qual o meu nível de competitividade?
  6. Uma velha máxima nos diz: "Conhece a ti com mesmo", mais bem que ela poderia ser ampliada, ficando assim: "Conhece a ti mesmo, o seu concorrente e o que o mercado espera de você". Talvez você já tenha ouvido falar que o bom candidato é aquele que preenche os requisitos para o cargo. Você pode estar se perguntando, e como saber os requisitos desejados pelas empresas? Uma boa fonte de indicadores são os anúncios de vagas, neles você pode encontrar as competências desejadas pelas empresas. Essa é a hora de montar uma matriz de competências para avaliar o nível de adequação do seu perfil a necessidade mercado.
    Um outro conceito importante é o de ponto de paridade e de ponto de diferenciação, essa análise se dá no nível da concorrência pessoal. Quais as características que eu não posso deixar de possuir ou ficarei inferiorizado diante dos meus concorrentes e quais às características que me diferenciam dos outros profissionais. Sempre levando em consideração o perfil desejado pelo mercado.

      Analisando esses 4 itens você já estará dando um grande passo, para o seu planejamento.
      Um grande abraço e até a próxima.

    domingo, 19 de outubro de 2008

    Gestão de Carreiras - Parte III

    Caros amigos

    Espero que tenham conseguido responder a primeira pergunta, identificando os objetivos que desejam alcançar, se os mesmos ainda não estão claros, sugiro que voltem a essa fase da análise, caso já estejam, vamos prosseguir o planejamento.
    É muito comum o aparecimento de questões como: Que tipo de profissional serei? Como é o mercado onde irei me inserir? Eu tenho competências necessárias para me destacar? Como desenvolver e implementar ações? Como saber se estou no rumo certo? Se você ainda não sabe respondê-las não se desespere, elas serão clarificadas mais adiante.

    Mas, o que realmente vem a ser GESTÃO DE CARREIRA?

    Gestão de carreiras deve ser vista como a gestão de planos e expectativas individuais frente aos planos e demandas organizacionais.
    Fonte: Wikipédia

    Para um melhor efeito didático, irei dividir o plano de gestão de carreira em duas partes:

    1. Planejamento


    • Análise do ambiente
    • Análise de SWOT

    2. Implementação e controle

    • Ciclo PDCA (dimensão operacional)
    Iremos iniciar o planejamento através da análise do ambiente - Utilizando o modelo das 5 forças de Michael Porter.

    Diante do gráfico acima, percebemos que a gestão de carreiras assim como as organizações sofre influência de 5 fatores. A análise dessa conjuntura nos proporciona importantes indicadores como: O nível de concorrência, a sensibilidade a salários por parte dos empregadores, os fornecedores que podem nos auxiliar, se é fácil a entrada de novos concorrentes, se posso ser substituído por profissionais de outras áreas, são apenas alguns dos indicadores que iremos avaliar no decorrer da série de artigos.

    No próximo post, iremos iniciar a análise de maneira mais aprofundada, essa fase do planejamento é de suma importância, porque, uma avaliação correta do ambiente onde o profissional pretende atuar, maximiza suas chances de sucesso.

    Grande abraço e até a próxima

    msn.: gbfeitosa@hotmail.com

    sexta-feira, 17 de outubro de 2008

    Gestão de Carreiras - Parte II

    Caros amigos

    No post anterior, deixei algumas reflexões iniciais e um questionamento sobre qual será a sua postura diante das mudanças, se você ainda não o leu, sugiro que o faça!

    Se em sua carreira você está apenas reagindo aos acontecimentos ou apenas planejando o futuro, então, como cantou Caetano: "alguma coisa está fora da ordem". Há um claro desequilíbrio nessa equação, a reatividade deve surgir apenas diante dos inevitáveis imprevistos, que se tornam menos freqüentes e impactantes quando há planejamento.

    Não importa se como profissional você está se adaptando ou promovendo as mudanças, uma coisa é certa, planejar maximiza suas chances de sucesso. Quando temos esse processo estruturado, a mudança ocorre com: sentido definido, velocidade e intensidade programada. Gerando melhores resultados com o menor dispêndio de recursos.

    Planejar é olhar para o futuro, diante disso irei propor três perguntas que serão respondidas em momentos diferentes, por enquanto, divirta-se apenas com a primeira:

    1. Quais seus objetivos profissionais?
    2. Como alcançará seus objetivos?
    3. Como os manterá depois que alcançá-los?

    Identifique e anote seus objetivos profissionais e defina a data de quando gostaria de alcançá-los, procure ser coerente. Esse é o primeiro grande passo, para realizar a gestão de sua carreira. Nos próximos posts, falarei sobre como se divide o processo de gestão.

    Um abraço e até breve.

    MSN.: gbfeitosa@hotmail.com

    quinta-feira, 16 de outubro de 2008

    Gestão de Carreiras

    Caros amigos

    Estou iniciando uma série de artigos sobre gestão de carreiras, aqui serão feitas algumas reflexões sobre o mercado, perfil profissional, dicas de como planejar sua carreira, entre outros assuntos correlatos. Servindo de apoio para aqueles que estão iniciando, os que querem fazer um upgrade ou aqueles que querem revigorar suas carreiras.

    Então vamos lá!

    REFLEXÕES INICIAIS

    “Os analfabeto do século XXI não serão aqueles que não podem ler e escrever, mas aqueles que não podem aprender, desaprender, e reaprender.”
    Alvin Toffler

    “Nada é permanente, exceto a mudança.”
    Heráclito


    “A mudança é a lei da vida. E aqueles que apenas olham para o passado ou para o presente irão com certeza perder o futuro.”
    John Kennedy
    Então, a grande pergunta é: Você vai reagir às mudanças ou vai protagonizá-las?
    Reflitam sobre isso e até breve.
    Um abraço

    sexta-feira, 10 de outubro de 2008

    Saudações!!

    Gostaria de deixar um cordial abraço aos visitantes. Nesse espaço, serão publicados artigos relacionados aos temas:
    • Comportamento organizacional
    • Gestão de Carreiras
    • Capital humano
    • Marketing e Tecnologia

    Bem-vindos e até breve.