terça-feira, 13 de outubro de 2009
terça-feira, 6 de outubro de 2009
Gestão de Carreiras - Parte X
Como prometido no post anterior, continuaremos a análise de adequação do perfil profissional.
Hoje iremos falar sobre forças e fraquezas, é nesse momento que muitos profissionais tropeçam no seu orgulho e vaidade. Tenha sempre em mente que as competências que possuímos nos são úteis de maneira situacional, o que me serve hoje pode não me servir amanhã e o que nunca me serviu poderá passar a me servir.
Devemos entender que existem dois conceitos básicos que precisam nortear nossa análise: "Ponto de paridade" e "Ponto de diferenciação", o primeiro, trata sobre quais características não podemos deixar de possuir para concorrer em pé de igualdade com os outros profissionais. O segundo, sobre o que nos distingue da grande massa que se debate em busca das oportunidades.
Vamos exemplificar para que possamos ter um melhor entendimento sobre a questão. Para atividade de recepcionista de hotel, tornou-se obrigatório o conhecimento do inglês e espanhol, o profissional que não conhece essas línguas já não é considerado bem qualificado pelo mercado hoteleiro. Muitos profissionais já estão capacitados para elas e isso se configura um ponto de paridade, no mínimo eu preciso ser proficiente em inglês e espanhol. Por outro lado, se eu falo italiano, chinês, japonês ou outro língua, isso configura um ponto de diferenciação me distinguindo dos outros profissionais.
Então você deve estar pensando, eu tenho que "Ser" sempre mais que os outros! Eu digo ainda que o "Ser mais" precisa ser sustentável, se você possui um ponto de diferenciação que facilmente pode ser alcançado, isso não lhe confere um diferencial efetivo e sim apenas uma vantagem temporária. De acordo com a carreira que deseja seguir, trace então o que seria o mínimo e os diferenciais necessários e veja em que nível você se encontra atualmente. O resultado dessa análise deverá dar origem ao plano de aperfeiçoamento profissional. Ele começará nesse momento e não terminará jamais!!
Para facilitar a análise crie uma escada de 0 à 5 para ilustrar o seu nível de proficiência nas competências necessárias, liste as medidas necessárias para o alcance do objetivo e quais os recursos que precisará para atingí-lo.
Ex.:
Competência: Fluência em Inglês (0),
Medida(s): Matrícula em curso de inglês reconhecido pelo mercado
Recurso(s): Mensalidade de: X reais e X Horas por semana
Fazendo esse mapeamento você estará dando um grande passo para o sucesso! Bom planejamento e até a próxima.
terça-feira, 21 de julho de 2009
Gestão de Carreiras - Parte IX
• Weaknesses (Fraquezas)
• Opportunities (Oportunidades)
• Threats (Ameaças)
A matriz dos fatores acima, indica os fatores internos e externos e quais ajudam ou atrapalham na conquista do sucesso. Nos diz que temos que combinar nossas forças com as oportunidades, configurando assim um ambiente de desenvolvimento profissional, se temos fraquezas combinando com oportunidades, temos um ambiente de possível desenvolvimento, quando a situação é de fraquezas conjugadas com ameaças, estamos lutando pela sobrevivência e quando temos pontos fortes em um mercado de ameaças, estamos em situação de manutenção da nossa posição. No próximo post iremos analisar detalhamente cada um dos itens da matriz SWOT.
Um grande abraço e até a próxima.
sexta-feira, 29 de maio de 2009
Gestão de Carreiras - Parte VIII
Até pouco tempo atrás, as substituições funcionais estavam atreladas a processos de aposentadorias, transferências ou desligamentos. Hoje, os profissionais vivem em ambientes populados de incertezas, sofrendo pressões adicionais porque se vêem envolvidos e submetidos a esse ambiente conturbado.
Nos dias atuais, cada vez menos os profissionais estão sujeitos a estabilidade funcional. Na iniciativa privada, há uma cultura fortemente calcada em resultados e os profissionais não são mais avaliados pelo que contribuíram para a empresa e sim pelo que ainda podem contribuir. Diante dessa premissa, surgem algumas questões pertinentes que precisam ser respondidas:
• Eu ainda posso gerar vantagem competitiva para a minha organização?
Um dia, acordou aquele operador de TELEX imaginando, eu sou o cara! Poucos como eu podem fazer minha empresa se comunicar rapidamente com o mundo. Alguns anos depois, o mesmo sujeito acordou e se viu desempregado. Melhoria das telecomunicações, fax e e-mail, descortinaram um mundo novo. Quem hoje não é capaz de utilizar esses recursos? Mas, as perguntas a serem respondida são: O que virá após? Você estará preparado para a nova ordem das coisas? Continuará gerando vantagem nesse novo cenário?
Quanto maior a capacidade de adaptação, menor será a propensão de ser substituído. Logo, o processo de educação continuada se estabeleceu de maneira inexorável para quem deseja obter o sucesso com longevidade. Então atenção a isso!
• A nova geração de profissionais, está mais habilitada para atender os desafios estratégicos da minha organização?
Essa pergunta é conseqüência da anterior, não existe mercado sem competição e de maneira geral, isso já foi discutido no post anterior. A “Geração da informação” está 100% plugada e tem acesso a informação de maneira simples e rápida, para algumas profissões essa característica configura-se em diferencial competitivo, para outras apenas um pré-requisito. Analise sua adequação a esse contexto.
• Qual é o custo de mudança para a organização com a minha substituição?
Profissionais especializados que atuam em ambientes complexos, mesmo na iniciativa privada, possuem certa estabilidade. A busca por profissionais adequados para esses cargos é sempre difícil e dispendiosa para as organizações, você nunca ouviu falar aquela expressão: “Ele só está na empresa, porque aquilo só ele sabe fazer.”. Apesar de ser uma vantagem pessoal, as empresas buscam se libertar da dependência desse tipo de profissional.
Profissionais que são capazes de colaborar e disseminar o conhecimento, geram diferenciais mais consistentes e duradouros para as organizações, se você detém as capacidades necessárias para esse posicionamento profissional, sem dúvidas pode ser um fator impulsionador da sua carreira.
• Existem políticas regulatórias que geram reserva de mercado?
Determinados segmentos de atuação são reservados para profissionais específicos, contadores, médicos, engenheiros, advogados. Outros, vivem uma realidade diferente, economistas administram empresas, administradores controlam áreas de produção, Profissionais de marketing atuam na área comercial, são algumas das situações que encontramos no mercado.
Essa abertura de mercado pode influenciar na obtenção do sucesso, dificultando ou facilitando sua obtenção. Estar com o perfil adequado para aproveitar as oportunidades é imprescindível.
Continuem a análise, um abraço e até o próximo post.
domingo, 26 de abril de 2009
Gestão de Carreiras - Parte VII
Tem um adágio popular que diz: "Em terra de cego, quem tem um olho só é rei.", houve um tempo em que uma simples característica distintiva, fazia toda a diferença na manutenção da carreira. Esse ditado caiu por terra e o profissional moderno compreende que a vantagem competitiva de hoje, será desfrutada por um período cada vez mais curto e que não garante o sucesso futuro.
Os jornais estampam todos os dias os mercados vivendo na incerteza e crise, sinais como: a diminuição de postos de trabalho, a falta de investimentos na iniciativa privada e a tentativa do governo de ser mantenedor e impulsionador do desenvolvimento através do aumento do investimento público, acende uma grande luz vermelha.
Completando esse quadro, observamos que em algumas categorias profissionais há uma verdadeira invasão por parte de novos profissionais todos os anos, formados em um número crescente de instituições de ensino, o que aumenta o nível de concorrência. Então, você pode estar se perguntando, como gerir minha carreira em um ambiente com essa caracterísitica?
Vamos nos fixar na análise desse último fator e responder a algumas perguntas norteadoras.
• Qual o nível de investimento necessário para alguém atuar na área que desejo atuar?
Esse, ainda é sem dúvidas um fator limitante para muitos profissionais, o investimento financeiro para desenvolver as competências necessárias para entrar e se manter no mercado, muitas vezes desestimula o surgimento de novos concorrentes. Quando o cenário se configura assim, profissionais já estabelecidos sofrem menos pressão nas suas carreiras.
• Qual o tamanho da curva de aprendizagem?
O conhecimento ou tecnologia necessária para o desenvolvimento das atividades é de fácil aprendizado? Se a resposta for afirmativa, essa é uma barreira de entrada muito baixa ou mesmo insignificante, caso contrário pode se constituir em uma vantagem competitiva para quem já detém o Know-How.
• Há mão de obra em excesso na sua área de atuação?
Quando a mão de obra é escassa, há uma tendência das empresas em estabelecer uma política de valorização do funcionário, através de programas de incentivos financeiros, através de cursos, prêmios, plano de cargos e carreiras, afim de não perdê-lo para a concorrência. Quando é ampla a oferta de profissionais no mercado, o panorama se inverte, tende-se a um quadro de baixo investimento e valorização dos profissionais, e algumas vezes surge aquela frase: "Se você não quer, tem quem queira!".
• Existe políticas regulatórias para o setor (concorrência de profissionais de outras áreas)?
Algumas profissões são regulamentadas e suas atividades não podem ser exercidas por outras categorias de profissionais, podemos citar por exemplo os contabilistas e médicos. Essa reserva legal de mercado diminui a influência dos novos entrantes no mercado, proporcionando uma construção de uma carreira mais estável
• Você usa o marketing pessoal?
É consenso entre os especialistas, que ao profissional não basta ser bom de fato, precisa parecer bom e conhecer as pessoas certas. A postura profissional e a rede de relacionamentos são dois fatores que podem contribuir de maneira decisiva para o sucesso da construção de uma carreira. Forme uma imagem positiva sobre você e esteja sempre na vitrine.
Continuem a análise, um abraço e até o próximo post.